Como envelhecem os músculos e ossos
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O que mantém a solidez do esqueleto, como já dito acima, é a interação
entre dois tipos de célula, os osteoblastos e os osteoclastos. Os
primeiros são responsáveis pela formação dos ossos e os últimos, por
sua absorção. Até os 30 anos, a atividade dos osteoblastos é mais
intensa, permitindo o crescimento. Depois dos 40 anos, o ritmo de
trabalho dos osteoclastos se acelera, tornando os ossos mais frágeis.
Estima-se que a partir dessa idade a perda de massa óssea seja de 0,1%
ao ano, acentuando-se após os 50 anos. Ao chegar aos 60, você já terá
perdido 4% de todo seu esqueleto.
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Para impedir perdas maiores, a regra número 1 é se abster dos
preconceitos. Não ache que malhação é coisa de marombeiro ou que o sol
antes das 10h é exclusividade dos cabeças brancas. Ambos são
essenciais para manter os
ossos fortes. Atividades físicas de impacto,
como musculação e corrida ou uma caminhada acelerada favorecem
a mineralização dos ossos. Já o sol ajuda na síntese da vitamina D,
envolvida no mecanismo de fixação do cálcio no organismo. Além
de
exercícios, uma dieta rica em cálcio é fundamental para suprir
as
necessidades diárias do mineral.
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Aulas de alongamento também são úteis para prevenir os efeitos do
tempo. Ao menos lhe ajudarão a manter a postura correta e disfarçar o
decréscimo na altura. Um homem de 30 anos que meça 1,70m medirá 1,69m
quando completar 60 anos. Aos 80, pode estar perto de 1,67. De fato, a
partir dos 40, encolhe-se cerca de 0,4cm a cada década. Isso acontece
devido à compressão das vértebras. O espaço entre elas é preenchido
por cartilagem, que vai se tornando fibrosa ao longo dos anos,
provocando o ressecamento e o endurecimento dos discos intervertebrais
que dão flexibilidade à coluna. Como o desgaste do disco é maior na
parte anterior, as vértebras se achatam e levam a coluna a se inclinar
para a frente, daí aquela posição arqueada típica de pessoas idosas.
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O enrijecimento das vértebras é acompanhado da perda de musculatura.
Com as pernas esticadas, tente tocar o chão com os dedos das mãos. Se
a tarefa parece impossível, não culpe apenas a perda de elasticidade
da coluna. A flacidez muscular, notada a partir dos 40 anos, dificulta
movimentos simples como manter as pernas esticadas. Estima-se que a
perda de massa muscular até os 70 anos seja de 10%, resultante de uma
alteração hormonal que ocorre em todos os homens depois dos 30 anos,
pois nessa idade, a produção do Hormônio de Crescimento (hGH), um dos
responsáveis pela formação dos músculos, diminui e, assim, o organismo
entende que empenhar sua energia nesse processo é menos importante na
fase adulta e passa a se preparar para enfrentar o envelhecimento.
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A musculatura aos poucos vai sendo substituída por gordura, um
mecanismo natural difícil de driblar. Após 35 anos, ganha-se 3kg a
cada década. Além da baixa produção do hormônio do crescimento,
contribui para o maior acúmulo de gordura a lentidão do metabolismo
celular, levando a um gasto menor de calorias enquanto o corpo está em
repouso. Quilos a mais significam não apenas roupas apertadas, mas
também elevação do risco de doenças coronárias.
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