Aprenda a fazer seu próprio antibiótico em caso de situações catastróficas


A penicilina é o antibiótico mais famoso que existe no mundo. Foi o primeiro a ser utilizado com sucesso e já salvou milhões de vidas.



O antibiótico foi descoberto acidentalmente em 1928 e é facilmente encontrado não apenas nas farmácias, mas em estado natural na sua cozinha. Você já imaginou que os alimentos que devem estar apodrecendo no fundo dos armários da cozinha ou dentro da geladeira são fontes inesgotáveis de fungos que podem ser utilizados na produção de antibióticos?
Se você tiver qualquer pedaço de pão bolorento dentro de um saco ou uma laranja podre esquecida em algum canto da cozinha você provavelmente está produzindo penicilina acidentalmente.
A história da penicilina



Muitas descobertas científicas foram feitas por acaso. Com a penicilina não foi diferente. Alexander Fleming estudava placas com culturas deStaphylococcus aureus, quando decidiu tirar férias, e ao retornar percebeu que havia deixado essas placas sobre a bancada de seu laboratório.
O bacteriologista percebeu que em algumas dessas placas havia fungos e que as bactérias cultivadas ali haviam morrido. Aquele fato motivou Fleming a tentar compreender que fungo tinha conseguido matar aquelas bactérias. Então, ele isolou o fungo em outras placas e descobriu que se tratava do gênero Penicillium, e que esse tipo de fungo sintetizava alguma substância que tinham ação bactericida.
A partir desta descoberta, abriu-se um leque de pesquisas em torno dos variados tipos de fungos que poderiam pertencer ao gênero Penicillium, e quais bactérias eram sensíveis às substâncias que havia neste tipo de fungo.
A primeira Guerra Mundial matou milhares de pessoas por conta de inúmeras infecções, e então, em 1940 os cientistas Florey e Chain desenvolveram uma técnica que permitia a produção em massa da penicilina.

Com esse antibiótico sendo oferecido aos soldados, houve uma redução significativa das mortes na guerra. Comprovado a sua eficácia, os antibióticos ganharam espaço e inauguraram uma nova fase na medicina da época.
Como fazer a sua própria penicilina caseira?
A fim de exemplificar, foi utilizado um melão, mas qualquer casca de fruta em decomposição ou pão embolorado serve. Inicialmente, o fungo começa na cor cinza, mas conforme se desenvolve, ele adquire um tom azul esverdeado brilhante.


Quando o processo de contaminação do fungo der início no alimento, corte o melão em pedaços e coloque-o em um frasco esterilizado. Você pode esterilizar o frasco colocando-o em um forno em temperatura alta por uma hora.
Tampe o frasco com os pedaços do melão e guarde-o em um local quente e abafado por uma semana.
Após este tempo você terá produzido a sua própria penicilina.
Caso queira se envolver mais com a experiência, esterilize outro frasco e, segundo os especialistas consultados, acrescente:
•          500 ml de água fria da torneira;
•          44 gramas de lactose monoidratada;
•          25 gramas de amido de milho;
•          3 gramas de nitrato de sódio;
•          0,25 gramas de sulfato de magnésio;
•          0,50 gramas de monofosfato de potássio;
•          2,75 gramas de glicose monoidratada;
•          0,044 gramas de sulfato de zinco;
•          0,044 de sulfato de manganês



Em seguida, adicione água fria o suficiente para que a mistura totalize um litro. Use também ácido clorídrico para ajustar o pH entre 5 e 5,5. Depois, adicione os esporos do pão bolorento. Reserve o frasco incubado por sete dias, e após este prazo, filtre o conteúdo e você terá a penicilina na forma líquida
.É importante salientar que posto que você tenha de fato a penicilina, essa versão caseira não é recomendada e nem apropriada para medicar alguém. Deixe isso a cargo dos profissionais.
Embora existam inúmeros sites do gênero “survivor” (do tipo, como sobreviver em situações extremas), que recomendam o uso de pão embolorado misturado com citrus para curar uma ferida, os especialistas recomendam que esse tipo de medicação caseira seja aplicado apenas em um ‘apocalipse’, quando as nossas reservas de antibióticos químicos, ainda abundantes, acabarem.
Mas para que não haja nenhuma frustração, tente cultivar algum tipo de bactéria simples, e aplique a penicilina sobre eles. Você constatará que produziu um antibiótico interessante.

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