O rambutã, é o fruto da rambuteira, uma árvore tropical de tamanho
médio, da família das Sapindaceae, que se julga ser nativa do
arquipélago malaio. O rambutão é um fruto comestível, muito abundante no
Sudeste Asiático, sobretudo na Tailândia.
De sabor doce e levemente ácido, o
rambutan é um dos
frutos consumidos na
Amazônia. Com sabor semelhante ao da
pitomba, o fruto de
origem asiática tem
na propriedade cálcio, potássio e vitaminas A e C. O aspecto é
semelhante ao do urucu, mas ‘não passa de coincidência’, como explica a
pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (
Embrapa), Nelcimar Reis de Souza. O rambutan é da família das sapindáceas, mesma família da pitomba e da lichia.
“O rambutan é original da Malásia e foi
trazido para Manaus em 1980 por um pesquisador da Embrapa.
Esse pesquisador trouxe três mudas da espécie e plantou em nossa sede”,
relembra Nelcimar, que estuda a espécie desde 1992.
A pesquisadora explica que o exótico
fruto adaptou-se às condições climáticas da cidade e se disseminou
rapidamente através do plantio de sementes. Depois de 32 anos da chegada
da espécie, o rambutan também pode ser encontrado nos Estados do Pará, Roraima, Acre, Rondônia e no sul da Bahia. “A Embrapa fez um trabalho de divulgação do fruto e todo mundo que gostou levava a semente”, recorda.
Existem duas razões para o consumo: o
sabor agradável e o valor nutritivo do fruto. Existem espécies que não
têm sabor agradável, mas com valor medicinal e nutricional. O rambutan
ou a rambutã, a língua portuguesa aceita as duas grafias, é consumido
pela primeira razão. “Nunca encontrei ninguém que não gostasse”, garante
Nelcimar. O rambutan é adequado ao consumo natural, mas existem relatos
de consumos em saladas e até como geleia, destaca a pesquisadora.
As cores do rambutan podem variar entre
vermelho, vinho e amarelo. Os frutos preferidos entre os consumidores
são os de cores vermelhass, pois são mais doces e o fruto solta com mais
facilidade do caroço. Uma das características que favoreceu a
reprodução da espécie em Manaus foi hermafrodismo. “É uma espécie que se
reproduz por semente”, explica.
Cultivo
A espécie é cultivada no Amazonas em
pomares mistos de 20 a 50 pés, a frutificação acontece entre os meses de
janeiro a março. A produção dos frutos inicia um ano após a germinação,
mas em larga escala somente a partir do quarto ano.
Uma rambuteira pode produzir até mil
frutos por safra. Se a árvore for adubada adequadamente, pode render de
três a quatro mil frutos. A árvore pode viver mais de 25 anos. Na sede
da Embrapa, em Manaus, ainda é possível conhecer o primeiro pé de
rambutan plantado na Amazônia. A Embrapa tem
conhecimento de plantações expressivas nos municípios de Presidente
Figueiredo e Iranduba e no ramal do Pau Rosa.
Portal Amazônia
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