O que são sementes crioulas?

O que são sementes crioulas?


Também chamadas de sementes tradicionais (sementes da paixão ou sementes da solidariedade), as sementes crioulas são, por definição, variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares ou camponeses, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas, com características bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades.

Qual a importância das sementes crioulas para a humanidade?

De maneira geral, a semente é a primeira etapa da cadeia alimentar. Por meio de sementes é que se tem origem de praticamente de todos os alimentos (arroz, feijão, milho, hortaliças etc.). As sementes crioulas em especial, foram selecionadas por décadas, passadas de geração em geração e seguem até hoje preservadas por famílias de agricultores, guardiões ou bancos de sementes. Diferentemente das semente utilizadas na agricultura moderna, a semente crioula não passou por nenhuma modificação genética por meio da interferência humana, e isso garante, naturalmente, uma vasta gama de diversidade genética além da identidade da cultura de um povo.


Qual a ligação entre sementes crioulas e agricultura familiar?


A agricultura familiar tem uma missão e uma virtude muito grande em manter a disponibilidade e a continuidade das sementes crioulas. Além da preservação deste tipo de material, a possibilidade de não depende de nenhuma empresa ou país, é fundamental para garantir a segurança e soberania alimentar dos povos. As sementes crioulas por serem adaptadas aos locais, são mais resistentes e menos dependentes de insumos externos. Apresentam também uma garantia de diversidade de alimentos e contribuem com a biodiversidade dentro dos sistemas de produção. Garantir a biodiversidade é assegurar a sustentabilidade dos sistemas naturais (ecossistemas) e dos sistemas cultivados (agroecossistemas).


Onde encontrar sementes crioulas?


As sementes crioulas podem ser encontradas em bancos de sementes individuais, coletivos ou institucionais, ou seja, espaços físicos de armazenamento de sementes, que visam preservar as sementes de forma adequada; em feiras regionais ou eventos locais de troca de sementes, geralmente organizados por movimentos sociais, ONGs, cooperativas da agricultura familiar, sindicatos de trabalhadores rurais; ou ainda em locais virtuais, em sites de doação, troca, compra e venda de sementes.


Você, agricultor, ao preservar e trocar sementes crioulas, não está apenas garantindo sua própria autonomia, vai muito além disso, você se coloca à frente do seu tempo, preservando a cultura do seu povo, promovendo a alimentação saudável e afirmando a sustentabilidade ambiental e a soberania alimentar da nação. 


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