Menopausa
É por volta do quarenta anos de idade que muitas mulheres começam a sentir os efeitos da menopausa ou climatério, como é chamado o período em que há diminuição da produção dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários.
Os sintomas mais frequentes são ondas de calor (chamadas de fogachos); secura vaginal, que traz desconforto durante as relações sexuais; e alterações de humor, como ansiedade, fadiga, irritabilidade e insônia.
A queda na produção do hormônio estrógeno aumenta ainda risco de doenças cardiovasculares, uma vez que ele atua na proteção do coração e dos vasos sanguíneos, evitando a formação de placas que obstruem os vasos, e ainda mantém os níveis do bom colesterol, chamado de HDL. O declínio do estrógeno também está ligado à osteoporose, que é a perda acentuada de massa óssea.
A diminuição do hormônio progesterona, por sua vez, interfere nas secreções liberadas pelo endométrio (parede do útero), na libido, na queda do tônus muscular e resulta numa menor proteção contra o câncer de mama e contra a depressão.
Radílson Carlos Gomes / Ministério da Saúde Ampliar
- Exame de acompanhamento no Hospital de São Paulo (SP): queda na produção do hormônio estrógeno aumenta risco de doenças cardiovasculares
A intensidade desses sintomas varia para cada mulher. Para minimizar o desconforto da menopausa, existe a terapia de reposição hormonal, que normalmente combina os dois hormônios, estrógeno e progesterona. Nas Unidades Básicas de Saúde e também nos Núcleos de Saúde da Família (NASF) são oferecidos os tratamentos de terapia de reposição hormonal, inclusive com medicamentos fitoterápicos, que são obtidos a partir de plantas, como é o caso da soja.
Segundo o doutor na disciplina endocrinologia ginecológica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), José Mário Soares Jr., a reposição hormonal deve ser feita dez anos após a última menstruação ou a partir dos 60 anos.
A prescrição da terapia hormonal para mulheres obesas, sedentárias e fumantes costuma ser restrita, dependendo do estágio destas deficiências no organismo. O mesmo aplica-se para diabéticas que têm mais predisposição para infarto, e para hipertensas cuja pressão arterial não é normalizada mesmo com o uso de medicamentos.
As que já tiveram câncer de mama ou de útero, bem como as portadoras de porfíria (doença que obstrui as articulações) não podem fazer uso do tratamento. Alguns estudos apontam que a terapia hormonal aumenta a incidência de câncer de mama em 1,25%.
“A terapia hormonal é hoje individualizada e identifica qual é a necessidade hormonal da paciente, quais são os fatores de risco e os antecedentes familiares de cada mulher”, explica Soares Jr.. “Mas é necessário que a paciente faça o acompanhamento com seu médico periodicamente.”
Estudos apontam que a combinação de exercícios físicos, como a caminhada, potencializam os benefícios da terapia de reposição hormonal. Para o professor da Unifesp, soma-se às atividades físicas, a dieta balanceada e a exposição solar adequada – até as 10h ou após as 16h.
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