Caxumba, pneumonia e outras doenças prejudicam a imunidade mesmo na fase adultaPara
quem acha que vacina é assunto exclusivo de criança, um alerta: a
imunização também poupa adultos de sofrimento. Além da vacina contra a
gripe, existem outros tipos que precisam estar na carteira de vacinação
dos mais crescidos.
As vacinas auxiliam o sistema imunológico na
formação de anticorpos contra vírus e bactérias. Assim, os riscos de
adquirir uma doença e ter complicações são menores, preservando a saúde e
o bem-estar.
“A vacina deve chegar antes da doença. Por isso, a
imunização é importante, pois o corpo cria anticorpos para defender o
organismo e evitar que a pessoa adoeça”, explica Antônio Misiara,
infectologista do Hospital Sírio-Libanês.
Ao ser vacinada, a
pessoa desenvolve altos níveis de anticorpos para determinado vírus ou
bactérias. Com o passar do tempo, essas informações são atualizadas pelo
corpo sempre que se tenha contato com esses organismos novamente, por
pessoas ou ambientes contaminados.
“Por isso, é preciso verificar
a necessidade de um reforço da vacina a cada 10 anos, em média, como no
caso da antitetânica”, explica o infectologista.
O número de
casos de caxumba registrados neste ano no Estado de São Paulo já é o
maior desde 2008, com mais de 4 mil registros esse ano em São Paulo.
A
imunização incompleta de parte da população, que não tomou as duas
doses da vacina, e o fato de o vírus estar mais atuante estão entre as
razões apresentadas por infectologistas para o aumento dos surtos.
A doença é altamente contagiosa, causada por um vírus que afeta as glândulas da garganta.
Preparadas
com vírus ou bactérias mortos ou vivos, mas atenuados, as vacinas
estimulam o organismo a produzir anticorpos contra moléstias que podem
ter consequências graves.
Graças a essa estratégia, a varíola,
que provocava feridas terríveis pelo corpo, além de cegueira e morte em
até 50% dos casos, foi erradicada do Brasil em 1973 e do mundo em 1980.
Confira abaixo as principais vacinas da fase adulta:Tétano e difteria – O reforço deve ser feito a cada 10 anos para que os anticorpos continuem ativo.
Tríplice-viral
– É a vacina que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Feita em
duas doses, deve ser tomada por todos que nasceram depois de 1960 e nos
casos também em que a imunização foi incompleta. Como a rubéola pode
trazer danos para o feto, quando acomete mulheres grávidas, é preciso
que quem pretenda engravidar confira a caderneta antes, no caso de ainda
não ter tido a doença.
Pneumo-13 – Protege
contra pneumonia. “É mais indicada para pessoas acima de 65 anos, fase
em que a saúde costuma ficar mais comprometida, ou ainda para quem tem
problemas respiratórios, como bronquite ou asma”, explica Misiara.
Gripe
– Como o vírus da gripe sofre mutação, a vacina é atualizada
anualmente, por isso precisa ser tomada uma nova dose a cada ano. O
objetivo é garantir que o corpo crie anticorpos para as novas variações
da doença. Para os que têm medo das reações da vacina, o médico explica:
“Toda vacina pode ter efeitos colaterais, mas são muito menores do que a
doença em si”.
Hepatite B – A vacina, fornecida
em três doses, é normalmente dada no primeiro ano de vida da criança.
Em adultos precisa ser feito o reforço.
Herpes Zóster – É indicada
para pessoas acima de 50 anos, reduzindo em até 60% o risco de
desenvolver o vírus, que é um tipo mais grave de herpes e causa muita
dor no nervo.
Febre amarela – A vacina só é
indicada para as pessoas que moram ou irão para regiões endêmica, ou
seja, onde há maior risco de contrair a doença. Ela deve ser tomada a
cada 10 anos. No caso de viagens ou passeios para essas localidades, a
imunização precisa ser feita pelo menos 10 dias antes.
Fonte: coracaoevida.com.br
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