Pesquisadores da Fiocruz fizeram um estudo históricosobre o óleo de chaulmoogra – produto que, até adécada de 40 do século 20, representou a grandeesperança nas tentativas de cura da hanseníase ,doença que, naquela época, ainda era chamada delepra. As chaulmoogras são plantas tropicais cujas sementesfornecem um óleo usado há séculos, na Ásia, para o tratamento dedoenças de pele. O trabalho, publicado no periódico História,Ciências, Saúde – Manguinhos, analisa como o óleo dechaulmoogra foi incorporado ao conhecimento científico ocidental,destacando a participação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) nesseprocesso, sobretudo a partir da década de 20.“O primeiro relato do uso desse óleo advém da tradição oral dospovos hindus que contam a lenda de um rei de Burma. Ao ficar leproso, o rei abandonou o trono e escondeu-se na floresta, onde securou comendo as sementes do fruto de kalaw – nome dado pelosbirmanenses e siameses para a chaulmoogra Taraktogenos kurzii ”,dizem no ar